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Brasil Aquático: Time Brasil conquista quatro medalhas de ouro nas águas

Isaquias Queiroz foi medalhista de no C1 1000m masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio (Jonne Roriz / COB)

É como diz o velho ditado: tudo que é bom dura pouco e, depois de 20 dias de competições do mais alto nível esportivo, as Olimpíadas de Tóquio chegaram ao seu fim. O Brasil se despediu de uma das mais históricas edições dos Jogos com a melhor campanha de todos os tempos, com a conquista de 21 medalhas e o 12º lugar no quadro geral de medalhas. 

O Time Brasil conquistou nas Olimpíadas sete ouros, seis pratas e oito bronzes. Não é à toa, porém, que boa parte destas conquistas tenham vindo das águas, das raias das piscinas ao mar aberto, onde os atletas brasileiros mostraram domínio e foram responsáveis por quatro dos sete mais altos lugares do pódio conquistados pelo Brasil nesta edição. 

Quem são os brasileiros que conquistaram o ouro nas águas? 

Ítalo Ferreira, ouro no surfe 

O primeiro ouro olímpico do surfe é de um potiguar de Baía Formosa e 27 anos. Número dois do surfe no mundo, Ítalo Ferreira confirmou as expectativas sobre o surfe brasileiro, vencendo todas as baterias disputadas. Ferreira ficou à vontade nas águas da praia de Tsurigasaki, onde venceu o japonês Kanoa Igarashi depois de uma final emocionante. O potiguar teve desempenho impecável nos Jogos, onde mostrou repertório consistente, com manobras aéreas e muita velocidade,  superando o algoz de Gabriel Medina na decisão. 

Isaquias Queiroz, ouro na canoagem 

Também aos 27 anos, o baiano de Ubaitaba provou que sabe remar até o pódio. Isaquias é uma potência que conquistou nada mais nada menos do que quatro medalhas em cinco provas olímpicas disputadas. Na sua primeira participação em Jogos, Isaquias subiu três vezes ao pódio, com duas pratas e um bronze, e se tornou o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas em uma edição olímpica. Depois de desembarcar em Tóquio como um dos favoritos, Isaquias teve os planos frustrados na prova em dupla, na C2 1.000 metros, na qual remou ao lado de Jacky Godmann e terminou em quarto lugar. Porém,  o tão sonhado ouro olímpico veio na prova individual  C1 1000m. 

Martine Grael e Kahena Kunze, ouro na classe 49er FX da vela 

A carioca Martine Grael e a paulista Kahena Kunze provaram, pela segunda vez, a força e tamanho dos respectivos sobrenomes na modalidade. Mas, muito mais do que filhas de velejadores experientes e campeões em suas categorias, Martine e Kahena já escreveram os próprios nomes na história do esporte com a conquista do segundo ouro olímpico na segunda participação da dupla em olimpíadas. Depois do primeiro ouro olímpico na Rio-2016, a dupla número 1 do mundo no ranking da categoria chegou em primeiro lugar na regata decisiva da classe 49er FX e se tornou bicampeã olímpica em Tóquio. 

Ana Marcela Cunha, ouro na maratona aquática 

Já consagrada na modalidade, onde foi eleita seis vezes a melhor nadadora de águas abertas do mundo, a nadadora Ana Marcela Cunha ambicionava a primeira medalha olímpica para somar à sua extensa coleção de títulos. Depois da frustração da Rio-2016, onde ficou em décimo lugar, a atleta de 29 anos, que é natural de Salvador, sobrou nas águas japonesas e cruzou a linha em primeiro lugar, conquistando não apenas a sua primeira medalha, como o seu primeiro ouro olímpico na maratona aquática. 

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